Análise de solo, amostragem e recomendações

29 Julho / ALCINDO IMÓVEIS / #areas-rurais #dicas
Análise de solo, amostragem e recomendações

Para determinação de muitas características de uma área, todo o processo se inicia com a amostragem da área a ser plantada.

 

Amostragem para análise de solo

Para se realizar a análise de laboratório, apenas um pequeno punhado de solo de fato é usado.

 

Área da amostra

As amostras devem ser representativas da área que está sendo tratada. As áreas que divergem em inclinação, drenagem, tratamento anterior etc., devem ter amostras tiradas separadamente. Lembre-se de remover qualquer material estranho da superfície, como pedras e galhos, antes de submeter a amostra à análise.

Não colete amostras de:

  • Áreas mortas ou cabeceiras;
  • Fileiras de cercas antigas ou novas;
  • Leitos de estradas velhas ou próximo a estradas com cascalho de calcário;
  • Canais de terraceamento;
  • Quebra-ventos;
  • Curvas de nível;
  • Áreas de derramamento;
  • Faixas de fertilizante, incluindo N anidro;
  • Locais com características anormais.

 

Procedimentos de amostragem

O objetivo da amostragem é, portanto, representar uma determinada área de forma a gerar uma análise de solo confiável. Esta deve então estimar corretamente a capacidade do solo de fornecer os nutrientes necessários para atender à demanda da plantação.

 

Profundidade

Antes de iniciar a amostragem, verifique com o laboratório qual profundidade é recomendada. A profundidade deve ser determinada para representar a zona da raiz que a planta desenvolve, mas também deve ser consistente com a profundidade de amostragem necessária para os dados de calibração. A maioria das calibrações se baseiam em uma profundidade de 15 a 20 centímetros. A amostragem muito rasa frequentemente gera resultados muito altos, pois os nutrientes tendem a ficar mais concentrados na superfície.

 

Padrão

Para agricultura de precisão, alguns agrônomos recomendam a análises tal que cada amostra represente por volta de 1 ha ou até menos.

 

Instruções de amostragem do solo

Importante: Para que a análise do solo seja precisa e tenha uma interpretação significativa, é necessário que as amostras sejam tiradas adequadamente.    Deve-se pegar em 5 pontos diferentes de terra, misturar as 5 amostras em um balde limpo e levar pra análise aproximadamente 500 gramas.

 

Quando tirar amostras

A amostragem pode acontecer durante qualquer período do ano.

 

Preparação de amostras para envio

Misture bem as amostras coletadas na área (isto é, no lote) em um balde plástico. Essa será a sua amostra, guarde-a adequadamente em um saco plástico bem fechado e identificado. Para melhor identificação, inclua todas as informações relevantes, como local, data e nome da propriedade.

 

Padrão de amostragem

Segundo a recomendação da EMBRAPA, é desejável se dividir a área em lotes, ou glebas, de 10ha e realizar a coleta das amostras em zigue-zague, evitando assim os erros comuns em amostragens feitas em linha reta.

 

Camadas de dados auxiliares

Mapas de estudo de solo, de produtividade, topográficos, fotografias aéreas e históricos de gestão são exemplos de camadas de dados auxiliares, que podem ser úteis na determinação do melhor padrão de amostragem.

 

Identificação de oportunidades no cultivo

Diferentes sistemas de cultivo, assim como perfis de solos, causam comportamentos distintos na mistura de nutrientes. Frequentemente, os nutrientes se tornam estratificados, isto é, se depositam em camadas. Tal comportamento pode afetar a disponibilidade dos nutrientes para a planta, especialmente se as condições de umidade limitarem a atividade da raiz em algum momento.

Por exemplo, se os nutrientes se acumularem nos 10 a 20 cm superiores na zona da raiz e o solo secar, a planta pode ficar subnutrida devido à indisponibilidade de nutrientes em posição favorável. Isto é, o suprimento na verdade está lá, mas está inacessível às raízes devido à falta de umidade.

Uma amostragem intensiva do solo pode ser utilizada para se perceber o uso desnecessário de fertilizantes em algumas áreas, bem como o uso insuficiente em outras.

 

Resultados da análise

A análise de solo se inicia com a coleta de amostra no campo. Esse procedimento é muito importante para determinação de fertilizantes e correção de pH que o solo precisa. Lembre-se sempre que as recomendações de cal, gesso e fertilizantes que saem da análise de solo não podem nunca ser mais precisas que a amostragem, por isso, seja tão criterioso quanto puder logo no início.

 

FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DO NUTRIENTE

N

P

K

S

Ca +Mg

MICRONUTRIENTES

pH do solo

X

X

X

X

X

X

Umidade

X

X

X

X

X

X

Temperatura

X

X

X

X

X

X

Arejamento

X

X

X

X

X

X

Matéria orgânica do solo

X

X

 

X

X

X

Quantidade de argila

X

X

X

X

X

X

Tipo de argila

 

X

X

 

X

X

Resíduos de plantação

X

X

X

X

X

X

Compactação do solo

 

X

X

 

 

 

Status de nutriente do solo

 

X

X

 

X

 

Outros nutrientes

 

X

X

 

X

X

Tipo de plantação

X

X

 

X

 

X

Capacidade de troca de cátions (CTC)

 

 

X

 

X

X

% de saturação de CTC

 

 

 

 

X

 

 

Vale lembrar que os nutrientes só podem ser absorvidos pelas raízes quando dissolvidos em água, por isso nutrientes insolúveis não podem ser usados pelas plantas em curto prazo.

 

Análise química

Recomenda-se enviá-la para um laboratório certificado.

 

 

Recomendações

O objetivo das análises de solo é auxiliar os agricultores a classificarem suas áreas e, com a ajuda de um agrônomo, chegarem à recomendação adequada de fertilizantes, dependendo do solo e da cultura.

Alguns fatores relevantes para ajudar e personalizar as recomendações são:

  • Calibração da análise do solo: uma vez que o conhecimento do histórico de uso do solo é muito importante para compreensão de sua capacidade agrícola;
  • Potencial de produtividade: pois utilizar o solo segundo sua capacidade produtiva natural evita gastos excessivos com fertilidade que, em alguns casos, geram safras insatisfatórias;
  • Disposição do fertilizante: já que a forma como os fertilizantes são distribuídos na área causa grande impacto no custo de manejo. É preciso, portanto, depositá-los apenas nas regiões onde estarão mais disponíveis para as plantas.
  • Situação financeira do agricultor: a recomendação de fertilização tem que ser viável financeiramente para o produtor pois, se não o for, sequer será realizada;
  • Distribuição uniforme e balanceada de nutrientes: uma dispersão irregular pode causar queda de produtividade e chegar a até mesmo exigir correção posterior.

 

 

Conclusão

Para aumentar a produtividade de uma área é preciso fazer uso de fertilizantes adequados e, com eles, oferecer às plantas os nutrientes que precisam. Mas lembre-se, órgãos como a EMATER (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural) e IRGA (Instituto Rio Grandense do Arroz) podem te ajudar. Você pode ainda entrar em contato com a gente, temos uma equipe especializada para assessorá-los. 

 

 

Fonte: https://nutricaosafras.com.br/analise-de-solo 

 

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